PM quer retomar programa de Unidades de PolÃcia Pacificadora no Rio
O secretário da PolÃcia Militar do Estado do Rio de Janeiro, coronel Rogério Figueiredo de Lacerda, defendeu o programa das Unidades de PolÃcia Pacificadora (UPP). Em artigo publicado na página da corporação, o oficial escreveu que o programa sofreu nos últimos anos um profundo processo de sucateamento.
“A perda contÃnua de recursos humanos e materiais observadas a partir da segunda metade desta década, aliada a promessas anteriores não cumpridas, enfraqueceu o programa das UPP justamente em um de seus principais pilares: a retomada de território em comunidades dominadas por agentes do crime organizadoâ€, avaliou.
Segundo o coronel Figueiredo, dois passos estão sendo decisivos para reverter o declÃnio. O primeiro passo foi dado no ano passado, quando os militares do Gabinete de Intervenção Federal (GIF) puseram em prática o projeto de reestruturação do programa. De acordo com ele, o projeto havia sido construÃdo por especialistas da própria PolÃcia Militar e, em linhas gerais, foi aproveitado pelo Exército.
O secretário informou que a PM deu inÃcio à segunda fase da estratégia, com a recuperação fÃsica das instalações das UPP, com substituição dos contêineres por construções fortificadas de alvenaria, como também a recomposição e requalificação do efetivo e reposição das perdas materiais – viaturas, armamentos, coletes balÃsticos.
No artigo, o coronel disse ter apoio integral do governador Wilson Witzel. “Essas ações estão sendo fundamentais para a reocupar o território perdido. Como era de se esperar, a retomada do espaço fÃsico nessas comunidades tem encontrado resistência de criminosos fortemente armados, o que explica a ocorrência de confrontosâ€, escreveu o secretário.
Para o secretário, a reativação das UPP representa uma polÃtica não apenas de segurança pública, mas social. “Além da retomada do território, fator imprescindÃvel para garantir o direito de ir e vir nas comunidades ainda sob o jugo de criminosos, a estratégia traçada mantém o viés de inclusão social e passou a estabelecer uma integração maior com as ações de segurança pública em geralâ€, comentou.
Segundo ele, as UPPs trabalham hoje em conjunto como as demais unidades operacionais da PolÃcia Militar nas áreas da cidade onde estão localizadas e são parceiras da PolÃcia Civil. Além disso, a presença dos policiais das UPPs no interior das comunidades dá suporte importante nas incursões e operações da PolÃcia Militar e dificulta a movimentação de criminosos na disputa de território, evitando guerras entre facções e seus indesejáveis efeitos colaterais.
O programa de segurança pública que deu origem às UPPs começou a funcionar em 19 de dezembro de 2008, quando foi instalada a primeira unidade no Morro Santa Marta, em Botafogo, zona sul da cidade do Rio. A região metropolitana chegou a contar com 38 UPPs, sendo 37 na capital e uma na Baixada Fluminense, mas depois o programa foi reestruturado, com a extinção de algumas unidades.
http://agenciabrasil.ebc.com.br/geral/noticia/2018-10/secretaria-anuncia-fim-de-mais-13-upps-no-rio-ate-o-fim-do-ano
http://agenciabrasil.ebc.com.br/geral/noticia/2018-02/policia-militar-estuda-reduzir-numero-de-upps-no-rio-de-janeiro
http://agenciabrasil.ebc.com.br/geral/noticia/2017-07/rio-se-defronta-com-reves-na-politica-de-ocupacao-das-comunidades-pelas-upps
Fonte: Agência Brasil.