Temer lança pedra fundamental de reator que produzirá radioisótopos
O presidente Michel Temer participou hoje (8) do lançamento da pedra fundamental do Reator Multipropósito Brasileiro e do inÃcio dos testes de integração dos turbogeradores do Laboratório de Geração de Energia Nucleoelétrica, no Centro Industrial Nuclear de Aramar, em Iperó (SP), interior de São Paulo.
O reator vai produzir radioisótopos para a fabricação de medicamentos usados no tratamento de doenças nas áreas de cardiologia, oncologia, hematologia e neurologia. “Hoje, somos obrigados a importar fármacos para combater várias doenças, principalmente o câncer. O tratamento fica mais complicado e, naturalmente, mais caro, porque o paÃs depende de fornecedores estrangeirosâ€, disse o presidente.
Com o reator, segundo o presidente, o Sistema Único de Saúde (SUS) aumentará os atendimentos de câncer, além de reduzir custos no tratamento. Os medicamentos terão preço de custo. A tecnologia permitirá ainda a produção de fontes radioativas para a indústria, agricultura e meio ambiente. A previsão é que o reator comece a funcionar em 2024.
Serão investidos R$ 750 milhões no projeto do reator multipropósito que possibilitará a fabricação de radiofármacos a preço de custo para o SUS. O Ministro da Saúde, Gilberto Occhi, explicou que a pasta vai investir esse valor até 2022. Neste ano serão liberados R$ 30 milhões.
Occhi destacou que ao baratear custos com o reator será possÃvel oferecer mais serviços de saúde para a população. “Na prática, significa para a população que vamos realizar diagnóstico mais preciso de doenças como infarto do miocárdio, infecções agudas, demências e embolia pulmonar. Teremos uma das formas mais eficientes de detectar o câncer. Significa ampliação dos serviços de diagnóstico por imagens que permitem visualizar o funcionamento de órgãos e tecidosâ€, explicou Occhi.
O ministro da Defesa, Joaquim Silva e Luna, que também participou do evento, informou que o reator faz parte do programa nuclear da Marinha, voltado apenas para fins pacÃficos. “Vale lembrar que o Brasil é um dos paÃses mais atuantes na causa da não proliferação de armas nuclearesâ€, disse. “O reator terá, além do reator nuclear de pesquisa, toda uma infraestrutura de laboratórios, capazes de realizar testes de verificação dos efeitos da radiaçãoâ€, completou o ministro.
A tecnologia tornará o Brasil referência em medicina nuclear, pois será autossuficiente na produção de radioisótopos. Como o número de reatores desse porte é pequeno em todo o mundo, o Brasil poderá, inclusive, tornar-se exportador do radioativo.
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*Matéria ampliada à s 12h43Â
Fonte: Agência Brasil.